EXTRAIDO DA INTERNET
"O Homem é um rio poluído. É preciso ser um mar para, sem se poluir, receber um rio poluído"
12/05/2008
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Mestre Ambrósio sempre foi o "lado B" do manguebeat. Enquanto Chico Science, Zero Quatro e outros partiam do regional para um pop universal, o MA fez o caminho inverso, dando vitalidade e juventude às raízes nordestinas. Em seu projeto solo, o vocalista/rabequista Siba radicaliza a proposta e cai dentro da mais primeva forma de samba rural. Samba este que guarda pouca semelhança com o partido alto que se ouve no Sudeste. Com apetite de arqueólogo, Siba convocou uma trinca (Biu Roque, Mané Roque e Manoel Martins) de cantores-percussionistas do interior de Pernambuco para formar o núcleo de sua fuloresta. Na pauta, não o samba tradicional, mas a música do imaginário popular da Zona da Mata - cirandas e maracatus. O parentesco com o Mestre Ambrósio é natural, pela voz peculiar de Siba e dos formatos das canções (quase todas inéditas), já explorados pela banda. Mas a rusticidade e o tom de descoberta reverente que permeiam o disco deixam o MA parecendo uma banda pop, em comparação. Trata-se aqui de sons ancestrais, desconectados de influências contemporâneas e que remetem a um outro tempo - até mesmo a um outro Brasil, mais rural e aparentemente mais simples, mas carregado de sutilezas rítmicas e poéticas.
Siba encontra-se muito à vontade neste universo à parte. Suas composições vasculham com propriedade a tradição e não se desviam nunca da proposta original; mesmo o potencial "dançante" de algumas músicas do Mestre Ambrósio foi sacrificado em prol da autenticidade e da fidelidade. É um mergulho radical, sem concessões. Das temáticas e vocabulário das letras ao estilo dos arranjos (dando ênfase aos metais "de coreto"), Fuloresta é purista até a raiz. Sempre trafegando nos parâmetros estritos da ciranda e do maracatu de baque solto, Siba consegue variações surpreendentes de uma faixa para outra. Se em algumas o disco soa frenético (Meu Rio de Samba, Trincheira da Fuloresta), noutras um tom mais lírico toma conta - caso de Maria Minha Maria, comovente melodia de domínio público entoada por Biu Roque. Mais vale deixar-se levar pela cadência toda própria do "samba" que Siba e seu grupo armam em canções como Suinã ou Barra do Dia. (Marco Antonio Barbosa)
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QUEM É OTTO?
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Em 1997 um grupo teatral voltou a atenção para a cidade de Arcoverde. Nascia o espetáculo Cordel do Fogo Encantado. Na formação, Lira Paes, Clayton Barros e Emerson Calado. Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior do estado.
Em Recife, o grupo ganhou mais duas adesões que iria modificar sua trajetória: os percussionistas Nego Henrique e Rafa Almeida. No carnaval de 99 Cordel do Fogo Encantado se apresenta no Festival Rec-Beat e o que era apenas uma peça teatral, ganha contornos de um espetáculo musical. Ao lirismo das composições somou-se a força rítmica e melódica dos tambores de culto-africano e a música passou a ficar em primeiro plano.
A estréia no carnaval pernambucano mais uma vez chamou a atenção de público e crítica e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando visibilidade em outros estados e o status de revelação da música brasileira.
Na formação, o carisma e a poesia de Lira Paes, a força do violão regional de Clayton Barros, a referência rock de Emerson Calado e o peso da levada dos tambores de Rafa Almeida e Nego Henrique. Cordel do Fogo Encantado passa a percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e antológicas.
As apresentações da banda surpreenderam a todos não somente pela força da mistura sonora ousada de instrumentos percussivos com a harmonia do violão raiz. À magia do grupo que narra a trajetória do fogo encantado, soma-se a presença cênica de seus integrante e os requintes de um projeto de iluminação e cenário.
Em 2001, com produção do mestre da percussão Nana Vasconcellos, Cordel do Fogo Encantado se fecha em estúdio para gravar o primeiro disco, que leva o nome da banda. A evolução artística amplia ainda mais o alcance do som do grupo que, mesmo atuando independente, ganha mais público e atenção da mídia, por onde passa.
Com turnê que passou pelos mais remotos cantos do país, um ano depois, em 2002, o grupo volta para o estúdio para gravar o segundo trabalho: O Palhaço do Circo Sem Futuro, produzido por eles mesmo, de forma independente. Lançado no primeiro semestre de 2003, o trabalho foi considerado pela crítica especializada um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos.
E Cordel do Fogo Encantado ganha projeção internacional, com apresentações na Bélgica, Alemanha e França. Entre os prêmios conquistados pela banda estão o de banda revelação pela APCA (2001) e os de melhor grupo pelo BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003) e o bi-campeonato do Prêmio Hangar (2002 e 2003).
No cinema, a banda participou da trilha sonora e do filme de Cacá Diegues, “Deus É Brasileiro”. Nas brechas das turnês, Lira Paes marcou presença também na trilha sonora de “Lisbela e o Prisioneiro”, de Guel Arraes, na qual interpreta a música “O Amor é Filme”.
Em outubro de 2005 Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD “MTV Apresenta”, o primeiro registro audiovisual da banda. “Transfiguração”, terceiro disco lançado em setembro de 2006, vem borrar ainda mais a linha de fronteira entre as artes cênicas e a música. Pela primeira vez o grupo faz primeiro o registro sonoro para então se dedicar à criação do espetáculo. Com produção de Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza e mixagem de Scotty Hard, Cordel do Fogo Encantado se firma como um dos grupos mais representativos da cena independente nacional.
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O Rio Maracatu é um grupo fundado em 1997 no Rio de Janeiro, nascido da união de músicos pernambucanos e cariocas para resgatar e valorizar uma parte importante da nossa rica cultura musical. A partir do Maracatu de Baque Virado, tradição da cidade do Recife, o grupo desenvolve um trabalho de pesquisa e execução de ritmos, cantos e danças tradicionais brasileiras, como a Ciranda, o Côco, o Samba, além do Maracatu.
O Rio Maracatu é um eixo ativo do amplo movimento atual no Rio de Janeiro de retomada e renovação da música tradicional brasileira, tendo como parceiros naturais de trabalho grupos como Jongo da Serrinha, Cordão do Boitatá, Céu na Terra, Afroreggae, Forróçacana, Monobloco, entre outros. Hoje graças a este movimento o Rio de janeiro tem eventos dedicados à música tradicional que atraem visitantes do mundo inteiro e geram desenvolvimento e renda para a cidade.
Breve Histórico Desde 1998 o grupo realiza desfiles, cortejos e shows de reconhecida qualidade musical, já tendo se apresentado em companhia de grandes artistas como Djavan, Lenine, Manu Chao, Lia de Itamaracá, Alceu Valença, Mestre Ambrósio, entre outros. Além de apresentações em eventos o grupo também realiza os já tradicionais desfiles do Bloco Rio Maracatu em Santa Teresa e na orla de Ipanema, que atraem cariocas e turistas em uma grande confraternização musical. O Grupo também já fez apresentações nas lonas culturais para comunidades de baixa renda e participou de vários eventos sociais em comunidades da Zona Oeste e Baixada Fluminense. Hoje o Rio Maracatu é um grupo bem conhecido dos cariocas, respeitado em todo o Brasil e que tem um intenso intercâmbio com os mais importantes mestres de Maracatu do Recife. Nascido no Rio de Janeiro, o grupo não aspira a tentar igualar-se às grandes nações de Maracatu do Recife, mas ativar e estimular intercâmbios entre essas duas culturas, a pernambucana e a carioca.
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