15/05/2008

O TEATRO MAGICO




“O Teatro Mágico é a idéia de um sarau amplificado onde tudo pode acontecer”, explica Fernando Anitelli, responsável pela idealização e direção artística do projeto. Em um sarau pessoas dispostas a se expressarem artisticamente se reúnem para somar experiências, compartilhar idéias e ideais. Através do projeto “O Teatro Mágico”, Fernando Anitelli amplifica a atmosfera de um sarau, convidando artistas que através da música, do teatro, do circo e da poesia possam contribuir para a composição do espetáculo, que renova a cada apresentação.

No palco, percebe-se a fusão harmoniosa do popular e do erudito - violão, guitarra, baixo, bateria e samples se somam aos violinos, aos instrumentos de sopro e de percussão. O show é repleto de surpresas e emoções. Ora uma cena de teatro arranca sorrisos da platéia, ora uma boneca despenca habilidosamente de um tecido colorido. Trapezistas e malabaristas desafiam a força, o equilíbrio e a destreza, enquanto o público, maravilhado, se deleita com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.

Em cena, músicos e atores caracterizados com maquiagem e figurinos “clown” transmitem a idéia de que cada um ali é um personagem - o personagem maior de si mesmo. Com base na idéia de que a arte pode deixar de ser um mero objeto de consumo, Fernando Anitelli, através de projeto “O Teatro Mágico”, vem mostrando com sucesso que é possível trilhar um caminho alternativo para a produção e divulgação artística no Brasil. O cd “O Teatro Mágico - Entrada Para Raros” registra mais de 50 mil Cópias vendidas. Na Virada Cultural 2007, em são Paulo, 40 mil pessoas presenciaram o espetáculo. A Recente turnê pelo nordeste reuniu mais de 5 mil espectadores só em Recife.

A Divulgação, feita pelo boca-a-boca e pela internet, conta com o site oficial (120 mil acessos/mês), com o youtube (mais de 2 mil vídeos) e com o orkut, onde constam comunidades criadas em diversos estados do país -ponto de encontro para o público, que organiza encontros e saraus para celebrar o espírito da arte e cultura livre proposto pelo projeto. A comunidade oficial do Teatro Mágico recebe novas adesões diariamente - atualmente são quase 80 mil membros, levantando a bandeira da arte livre, Fernando Anitelli disponibiliza todas as músicas do espetáculo para serem baixadas gratuitamente no site oficial (www.oteatromagico.mus.br) e o cd, gravado de modo independente, sem apoio de gravadoras e distribuidoras, é vendido pela internet e na lojinha montada nas apresentações por apenas R$5. Para aqueles que não possuem condições de ter acesso ao material, Anitelli incentiva a cópia e a distribuição
gratuita de seu trabalho.

FONTE SITE OFICIAL

Lenine





Cantor, compositor, arranjador, músico e produtor. Poucos artistas reúnem talento em tantas atividades. Já no começo dos anos 80, o público, perplexo, via Lenine e seus companheiros invadindo o palco com bumbos rústicos, entoando tradicionais maracatus pernambucanos com uma linguagem pop e equilibrando os acentos regionais de sua música. Cerca de 15 anos ainda se passariam até que o gênero fosse aceito em âmbito nacional e Recife (PE) fosse vista como um novo pólo de criação musical no Brasil.

Aos 17 anos, em sua Recife natal, Oswaldo Lenine Macedo Pimentel montou com um amigo a loja de discos Wave, para estar mais perto dos desejados LPs importados. Só então ele despertaria para a música brasileira. Dois anos depois, foi acompanhar o nascimento de seu primeiro filho, no Rio de Janeiro (RJ), onde pretendia passar um ou dois anos, mas foi ficando, ficando... Inscreveu-se no festival MPB Shell 81 com a música “Prova de fogo”, de sua autoria. No ano seguinte, gravou seu primeiro disco, “Baque solto”, em parceria com Lula Queiroga. Em 1993, em dupla com Marcos Suzano, lançou o segundo LP, “Olho de peixe”. Quando viu, já tinha adotado o Rio.

Nesse tempo, Lenine se revelou um compositor de mão cheia. Hoje, mais de 500 músicas levam sua assinatura, sendo que cerca de cem delas já foram gravadas por ele ou outros artistas. Esta rica obra inclui até mesmo oito sambas-enredo campeões do carnaval de rua carioca.

Em 1997, Lenine lançou seu primeiro disco solo, “O dia em que faremos contato”, considerado um marco da MPB por unir acústica, tecnologia eletrônica, raízes regionais e linguagem pop internacional para dar novos rumos à música brasileira. O CD lhe rendeu dois prêmios Sharp.

Após uma grande turnê nacional, Lenine se apresentou na Cité de la Musique, em Paris, em 1999, o que alavancou sua carreira na Europa. No mesmo ano, ele lançou o CD “Na pressão”, que revelava toda a diversidade brasileira ao misturar maracatu, xote, samba, rap, coco, jungle, xaxado e trip hop. Lenine se colocava como um “cronista sonoro” do Brasil de fim de década/século/milênio, radiografando fielmente o cotidiano da nação.

Desde então, Lenine tem feito shows em dezenas de países. Em três anos, ele se apresentou para mais de 800 mil pessoas no exterior. Em 2001, este pernambucano de alma carioca esteve em 14 cidades da França, onde seu público é mais significativo e “Na pressão” vendeu 30 mil cópias, sendo sempre apontado como um dos nomes mais representativos da nova música brasileira.

O ano de 2001 marcou a presença de Lenine no cinema e no teatro, visto que o artista assinou a direção musical do filme “Caramuru – A invenção do Brasil”, de Guel Arraes, e da trilha sonora da peça “Cambaio”, de Chico Buarque e Edu Lobo. Na TV, suas músicas estiveram nas novelas "As filhas da mãe" e “O clone”, além do infantil "Sítio do Picapau Amarelo".

Lançado simultaneamente em dez países, “Falange canibal”, álbum de 2002, contou com participações especiais de diversos artistas brasileiros e estrangeiros de variadas vertentes musicais. Lenine segue sua viagem inovadora sem encontrar as tais barreiras supostamente impostas pela língua.

Seu Jorge



Jorge Mário da Silva nasceu em 8 de junho de 70. Carioca de Belford Roxo, flamenguista, devoto de São Jorge e filho de Ogum, Seu Jorge já foi borracheiro, relojoeiro, marceneiro, office-boy e contínuo de banco. Até que surgiu o convite do clarinetista Paulo Moura para um teste numa peça musical. A partir daí, Jorge encenou mais de 20 peças com a companhia TUERJ. Integrou o o grupo Farofa Carioca e hoje é sambista solo. Seu primeiro disco sob essa condição é o elogiado “Samba Esporte Fino”, produzido por Mario Caldato Jr., o mesmo dos Beastie Boys. Entre suas principais influências estão Nelson Cavaquinho, Estação Primeira de Mangueira, Romário, Stevie Wonder e Zeca Pagodinho.

Mestre Ambrósio






Mestre Ambrósio é o mestre de cerimônias do teatro folclórico popular Cavalo Marinho na Zona da Mata, norte do estado de Pernambuco, que inspirou o nome da banda. Em cima da base nordestina do forró, maracatu, coco, baião, caboclinho, ciranda e das letras inspiradas na tradição popular, o Mestre Ambrósio desenvolve seu lado pop. Seus integrantes têm referências musicais distintas, o que adiciona ao som um pouco de rock, jazz e música árabe.

Quando foi fundado, em 1992, o Mestre Ambrósio tinha Siba (Sérgio Veloso), inicialmente na guitarra e depois na rabeca, Eder "O" Rocha, percussionista, Helder Vasconcelos, ex-guitarrista e tecladista e atual percussionista e fole de oito baixos. Depois entraram Mazinho Lima (baixo elétrico e triângulo), Sérgio Cassiano (percussão e vocal) e Mauricio Alves (percussão).

Filhote da mesma vertente mangue beat de Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, o Mestre Ambrósio usa menos referências importadas que seus pares, permanecendo mais ligado às bases nordestinas. O CD independente Mestre Ambrósio (1996), produzido por Lenine e Marcos Suzano, foi bem aceito e vendeu 20 mil cópias. A divulgação boca-a-boca deu à banda um caráter cult. O clipe Pé-de-calçada, gravado e produzido por eles, começou a ser veiculado na MTV, o que serviu para apresentar o grupo fora do circuito pernambucano. A porta de entrada foi São Paulo, onde radicaram-se em 1997. Excursionaram por mais de 10 cidades européias, passaram pelos Estados Unidos e foram indicados para o MTV Video Music Brasil na categoria Banda/Artista Revelação com o clipe Se Zé Limeira Sambasse Maracatu. A música José foi incluída na coletânea Strictly Worldwide, do selo alemão Piranha Records, especializado em música étnica. Uma de suas músicas, Baile Catingoso, foi incluída na trilha sonora de Baile Perfumado, de Lirio Ferreira e Paulo Caldas.

O segundo disco, Fuá na Casa de Cabral (1998), foi lançado por uma gravadora multinacional, a Sony, e gravado acusticamente com inclusões eletrônicas, assinadas pelo produtor Suba. O lançamento oficial foi no Abril Pro Rock, em Recife, em 1999. Emplacou melhor nos Estados Unidos do que aqui, entrou no top ten alternativo do crítico do New York Times Jon Pareles, e a banda começou 2000 fazendo uma turnê norte-americana. Ainda pela Sony, em 2001, lançam o CD Terceiro Samba. Além da conhecida mistura de estilos tradicionais do Nordeste, a banda traz neste disco dois sambas no melhor estilo carioca: Saudade (do vocalista e multiinstrumentista Sérgio Cassiano) e Lembrança de Folha Seca (de Siba). O Mestre Ambrósio decidiu em Terceiro Samba explorar radicalmente alguns instrumentos ainda pouco conhecidos no Sudeste, como o fole de oito baixos, o ilu (tipo de atabaque que veio das religiões afro-brasileiras), a alfaia de maracatu e a caixa-prato. O disco é considerado o trabalho mais maduro e o que melhor transmite o perfil da banda, até agora.

FONTE EXTRAIDA DA INTERNET

Zeca Baleiro




O primeiro cd, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, lançado em 97, ganhou impulso após a participação de Zeca no Acústico MTV da cantora Gal Costa. Compositor talentoso, de personalidade, vozeirão sensual, humor e verve afiados, com poesia original e uma maneira peculiar de tocar o violão, o artista encanta as platéias onde quer que se apresente, conquistando público de todas as idades.

"Vô Imbolá", de 99, veio consolidar o nome de Baleiro. Com um figurino marcante e a bordo da Ziguifrida Imboladeira , bicicleta e casaco cheios de penduricalhos, sínteses da proposta de mistura, essa temporada foi aberta na São Luís natal com concurso de bicicletas decoradas e encerrada com uma grande festa que reuniu convidados como Antonio Vieira, Martinho da Vila, Genival Lacerda e Margareth Menezes.

Em "Líricas”, terceiro cd, Baleiro radicalizou na mudança de sonoridade em favor da reflexão e da poesia. Com figurino mais sóbrio e cenário sofisticado inspirado numa sala de visitas, a temporada trouxe ainda como novidade o lançamento no cinema, antes das sessões, do videoclipe de "Proibida Pra Mim" (canção da banda Charlie Brown Jr.).

Considerado pela crítica como o seu melhor disco, lançado em 2002, “PetShopMundoCão” utiliza linguagem eletrônica e traz convidados como o soulman Carlos Dafé, o mutante Arnaldo Batista, Elba Ramalho, Totonho e os Cabra e Karnak.

Em 2003 Baleiro gravou em parceria com Fagner o cd Raimundo Fagner & Zeca Baleiro (Indie Records). Mostrado em curta temporada por capitais brasileiras, o show foi registrado em DVD pelo Multishow durante temporada no Canecão, Rio de Janeiro.

Encerrando cada turnê com o registro de imagens dos shows, desde dezembro de 2004 os DVDs começaram a ser lançados: “PetShopMundoCão – A Ópera Infame Ao Vivo” foi o primeiro, seguido de “Líricas”, em março de 2005. “Vô Imbolá”, show gravado em 2000, tem lançamento previsto para março de 2006.

Com apresentações anuais na Europa, Zeca já mostrou seu trabalho em Cannes (MIDEM-99), no Festival de Montreux (99), Cartagena (Espanha), Tübingen (Alemanha), Bélgica, Cabo Verde, além de temporadas anuais em Portugal, em bem sucedidas apresentações desde o lançamento, pela Som Livre portuguesa, da coletânea “Perfil”. Em 2005, apresentou-se na inauguração do Carreau de Temple, espaço do Brasil em Paris, no Ano do Brasil na França.

Com vocação para agregar gente de todas as tribos e gerações, o cantor iniciou em 2004 um projeto que será retomado em 2006, o “Baile do Baleiro”, onde faz a ponte entre tradição e modernidade. A idéia é promover encontros memoráveis, resgatar ídolos de outras gerações e espelhar a multifacetada produção cultural do país.

”Baladas do Asfalto e Outros Blues”, lançado em agosto de 2005, quinto álbum solo, traz um Zeca Baleiro maduro e com total domínio de seu ofício. Melodias certeiras, arranjos elaborados e poesia em alta voltagem, tudo com leve toque on the road .

Ainda em 2005, Baleiro lança o selo Saravá Discos, em parceria com sua empresária Rossana Decelso, para reunir todas as produções do artista. O selo está sendo inaugurado com o CD póstumo de Sérgio Sampaio, trazendo inéditas do artista capixaba falecido em 94 e produzido a partir de uma demo que Sampaio deixou. Além deste, um disco com poemas da escritora paulista Hilda Hilst musicados por Baleiro, que conta com a participação de dez cantoras: Zélia Duncan, Verônica Sabino, Ná Ozzetti, Maria Bethânia, Ângela RoRo, Rita Ribeiro, Olívia Byington, Mônica Salmaso, Jussara Silveira e Ângela Maria.

Release: site oficial

Mundo Livre S.A
Criado em 1984, o grupo (Fred Zero Quatro, cavaquinho, guitarra e voz; Fábio Malandragem, baixo; "Chefe" Tony Regalia, bateria; Bactéria Maresia, teclados, guitarra; Otto, que mais tarde foi substituído por Marcelo Pianinho, percussão) só foi revelado nacionalmente dez anos depois, com a explosão do movimento mangue beat pernambucano. O primeiro CD da banda, "Samba Esquema Noise", de 1994, foi bem recebido pela crítica e pelo público, que percebeu a música do Mundo Livre como novidade, graças à mistura de samba, samplers e guitarras pesadas. A partir de então começaram a se apresentar, freqüentemente ao lado do grupo Chico Science e Nação Zumbi, principal expoente do mangue beat. Com a morte prematura de Chico Science, o Mundo Livre passou a se destacar como principal banda de mangue beat, principalmente após o disco "Carnaval na Obra", de 1998, terceiro da banda. Em 2000, com o lançamento de "Por Pouco", adotaram uma original "estratégia de marketing", contratando modelos profissionais para representar a banda em sessões de foto e coletivas.

FONTE EXTRAIDA DA INTERNET